Nomina sunt odiosa
Os nomes são inoportunos
A propósito de um livro que acabei agora mesmo de ler, no qual esta expressão pauteia o desenrolar dos acontecimentos, decidi aproveitá-la para comentar uma interpretação distinta.
Por vezes perdemos demasiado tempo a tentar nomear aquilo que sentimos, em vez de simplesmente sentirmos… Salsar traz-nos um prazer indescritível, transforma-nos, liberta-nos, faz-nos felizes.
Será mesmo fundamental tentar perceber se a salsa me transformou, me libertou ou me retirou a máscara? Normalmente, a verdade reside num ponto de intersecção destes 3 aspectos. O meu EU verdadeiro é aquele que entra no Salsaplace ou aquele que sai? No entanto, o que é mais importante? Interpretar o que sinto ou sentir? Sentir sem dúvida; sentir, sorrir e salsar.
Os nomes são inoportunos; há que aproveitar o momento e vivê-lo, dançá-lo plenamente.
Carpe diem.
posted by Salsaholic @ 12:13 da manhã
8 Comments:
O Ser Humano tem tendência a dar nomes a tudo o que conhece ou sente. Tem necessidade de controlar tudo e acha que dando nomes às coisas torna mais fácil o controlo.
O problema é que os nomes condicionam. E quando damos um nome a um determinado acontecimento estamos a condicioná-lo partindo do princípio que aquele acontecimento suscitará sempre as mesmas sensações.
Por isso concordo contigo: é melhor sentir sem nomear!
Carpe diem!
A questão é precisamente o contrário: nós nomeamos porque necessitamos de classificar.
Quando não o fazemos é quando estamos mais livres para sentir, viver e reorganizar a nossa forma de pensar.
Aliás, o salsapica é perito nisso!
Ainda hoje li uns posts interessantes sobre essa necessidade de classificar. Se classificamos a salsa como sexy, como é que fazemos depois para dançar quando não nos sentimos sexy? Não faz sentido. O melhor é não lhe chamarmos nada e dançarmos como nos apetece: sensual, sexy, livre, alegre, feliz, triste, etc, etc.
Cubanita,
percebo o que queres dizer.
Talvez não tenha sido clara no meu post anterior. Não se trata tanto de chamar à salsa sexy, que realmente é um adjectivo, mas, por exemplo, de chamar à salsa... salsa.
Ou seja, quando lhe chamamos salsa partimos do princípio que se dança com determinados passos e quando alguém improvisa não é bem visto porque aquilo é salsa e não outra coisa qualquer.
Será que com este exemplo da salsa, que nos é tão querido a todos nós, me faço entender melhor?
De qualquer modo, nomear podemos fazer sempre e ajuda na comunicação mas também prejudica porque a vida não a preto e branco e, como tal, uma coisa tão objectiva como um nome pode limitar-nos enormemente.
Nem sabem como ultimamente tenho discutido muito este assunto!
Sufoca-me a necessidade obsessiva de classificar, de dar nome, de interpretar...
Realmente, deve ser por isso que gosto tanto da salsar. De sentir apenas...
Oi pessoal de Portugal!
Muito legal esse blog de salseiros, pesssoas que curtem salsa e usam a música como meio de se sentir prazer. Sou brasileira,carioca evou visitar uma amiga em Lisboa em dezembro.Gostaria muitíssimo de conhecer um lugar na cidade onde pudesse curtir salsa.Estarei aí exatamente no fim do ano. Vocês acham que os lugares estarão abertos ao público? vai rolar algo no dia 31? o que sugerem?
beijinhos e parabéns pelo blog
Olá carioca e obrigado pelo comentário.
Em Lisboa podes dançar salsa todos os dias da semana.
Para veres os locais onde podes dançar em Dezembro e para saberes onde haverá festas de fim de ano com salsa, penso que o melhor será visitares o:
www.salsaportugal.com
Boa estadia em Portugal!
muito obrigada por responderes prontamente. agadeço sugestão. se por acaso souberes de algo me avise tá!
tchau
CODEX 632
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