quarta-feira, novembro 24, 2004

A montanha pariu um rato

Há algum tempo atrás, decidi convidar uma montanha para dançar. Entenda-se por montanha uma salseira conhecida e tida por muitos mortais como uma deusa da salsa.

Mas, a montanha pariu um rato... Tensa, pesada, a salseira que impressionava vista de fora revelou-se desconfortável de conduzir e pouco entregue à cumplicidade do momento.

O rato pariu uma montanha

Noutra ocasião, convidei uma salseira iniciada que me era desconhecida. Começou por dizer (infelizmente como tantas fazem) que sabia poucos passos e era só iniciada (o que é que isso interessa?). E... o rato pariu uma montanha! Para além de uma total entrega ao momento, uma leveza e sensibilidade fora do comum.

O veredicto

Um(a) bom salseiro(a) não é aquele(a) que sabe onde colocar os pés e as mãos em cada tempo da música mesmo nos passos mais complicados; é aquele(a) que sente a música e se entega ao par mesmo nos passos mais simples...